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Pāṇini (Devanāgarī: पाणिनि; patronímico que significa "descendente de Paṇi"), nascido em Gandara (c.520 a.C. – c.460 a.C.), foi um gramático indiano que compôs uma gramática sânscrita com o nome Aṣṭādhyāyī (sânscrito transliterado aṣṭa = oito + ādhyāya = capítulo), constituída por 8.000 sutras ou aforismos, cuja consistência e encadeamento lógico apresentam notável rigor. A composição da gramática de Pāṇini é convencionalmente usada para marcar o fim do sânscrito védico, e o começo do sânscrito clássico.
Os registros históricos disponíveis levam a comunidade científica a reputá-lo como a primeira gramática de uma língua produzida na história da civilização humana. Essa gramática foi traduzida pela primeira vez para uma língua europeia no alemão, por Böthtlingk, em Lípsia (Alemanha) entre 1837 e 1840. Pāṇini resume e sintetiza toda uma tradição (até então apenas oral) de gramáticos indianos anteriores, e cita o nome de 68 gramáticos predecessores.
Sua obsessão pelo estudo do sânscrito deve-se ao fato de que era considerada a língua dos deuses (devavāṇī), e os eruditos davam-se conta de que ela se estava modificando ou "corrompendo". Com efeito, acreditava-se naquela época que apenas uma ligeira diferença ou erro de pronúncia poderia invalidar uma vasta e complicada cerimônia religiosa da cultura local. Decorre disso o rigoroso estudo fonético e fonológico do sânscrito encontrado nesse texto: a análise da articulação é tão profunda que se admira pela sua modernidade. A análise do modo de produção dos sons da língua foi herdada duma tradição antiga, contida nos textos Prātiśākhyā védicos e nos Śikṣā. Nesses textos a distinção entre fone e fonema não é explicita, causando algumas diferenças metodológicas em comparação com a Lingüística ocidental.